quarta-feira, 15 de abril de 2015

quem disse que cão vira-lata nao pode ser cao guia ?

Todo mundo sabe que cães são tudo de bom. São companheiros, divertidos e protetores, mas muita gente se esquece que eles também podem ser muito úteis. Um exemplo entre os cães trabalhadores é o cão-guia.
Eles têm como objetivo auxiliar deficientes visuais em suas tarefas do dia a dia e também de facilitar a socialização desses indivíduos concedendo-lhes um nível de autonomia e locomoção muito maior. Infelizmente, segundo a Secretaria dos Direitos Humanos, existem apenas 100 cães-guias no Brasil. Em contrapartida, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia afirma que existem 5,4 milhões de pessoas com baixa visão ou totalmente cegas em todo país, estando mais de 2 mil delas na fila de espera para conseguir um cão-guia.
Tentando mudar esse cenário, foi inaugurado no final de 2013, em Santa Catarina, o primeiro Centro Tecnológico de Formação de Instrutores e Treinadores de Cães-Guia do país e da América Latina. No entanto, ainda existe muito preconceito na escolha de cães de trabalho, que costuma ser determinada pela raça.
Geralmente são usados Labradores, Golden Retrievers e Pastores Alemães, além de Border Collies e Poodles. Essa preferência acontece dado ao seu tamanho, perfil prestativo e alerta, além de sua inteligência – característica marcante na maioria dos vira-latas.
Cães Guias Vira-Latas
Me dá uma chance?
Ainda bem que a Nova Zelândia vem mudando esse paradigma e incorporando vira-latas ao seu time de cães-guias. Claro que são aplicados inúmeros testes, tal como nos cães de raça pura, para verificar a aptidão dos peludos para o árduo treinamento, sendo o mais importante o equilíbrio temperamental. Ou seja, ótima notícia para os filhotes de vira-latas de grande porte, que não costumam ser a primeira escolha de quem procura um cãozinho para adotar.
Seguindo esse bom exemplo, no Brasil, já está em tramitação na Câmara Municipal de Uberaba, um projeto de lei da vereadora Denise Max que visa o uso de vira-latas como cães-guia. O projeto tem parceria com o Corpo de Bombeiros da região e, se aprovado, poderá diminuir significativamente o número de filhotes abandonados além de ajudar os portadores de deficiência visual que estão na fila de espera para obter um cão-guia.

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