Todo mundo sabe que cães são tudo de bom. São companheiros,
divertidos e protetores, mas muita gente se esquece que eles também
podem ser muito úteis. Um exemplo entre os cães trabalhadores é o
cão-guia.
Eles têm como objetivo auxiliar deficientes visuais em
suas tarefas do dia a dia e também de facilitar a socialização desses
indivíduos concedendo-lhes um nível de autonomia e locomoção muito
maior. Infelizmente, segundo a Secretaria dos Direitos Humanos, existem
apenas 100 cães-guias no Brasil. Em contrapartida, o Conselho Brasileiro
de Oftalmologia afirma que existem 5,4 milhões de pessoas com baixa
visão ou totalmente cegas em todo país, estando mais de 2 mil delas na
fila de espera para conseguir um cão-guia.
Tentando mudar esse
cenário, foi inaugurado no final de 2013, em Santa Catarina, o primeiro
Centro Tecnológico de Formação de Instrutores e Treinadores de Cães-Guia
do país e da América Latina. No entanto, ainda existe muito preconceito
na escolha de cães de trabalho, que costuma ser determinada pela raça.
Geralmente
são usados Labradores, Golden Retrievers e Pastores Alemães, além de
Border Collies e Poodles. Essa preferência acontece dado ao seu tamanho,
perfil prestativo e alerta, além de sua inteligência – característica
marcante na maioria dos vira-latas.
Ainda
bem que a Nova Zelândia vem mudando esse paradigma e
incorporando vira-latas ao seu time de cães-guias. Claro que são
aplicados inúmeros testes, tal como nos cães de raça pura, para
verificar a aptidão dos peludos para o árduo treinamento, sendo o mais
importante o equilíbrio temperamental. Ou seja, ótima notícia para os
filhotes de vira-latas de grande porte, que não costumam ser a primeira
escolha de quem procura um cãozinho para adotar.
Seguindo esse bom
exemplo, no Brasil, já está em tramitação na Câmara Municipal de
Uberaba, um projeto de lei da vereadora Denise Max que visa o uso de
vira-latas como cães-guia. O projeto tem parceria com o Corpo de
Bombeiros da região e, se aprovado, poderá diminuir significativamente o
número de filhotes abandonados além de ajudar os portadores de
deficiência visual que estão na fila de espera para obter um cão-guia.
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